Radiante

Não há dúvida de que a alfabetização é uma parte importante da aprendizagem. Afinal, é importante que os alunos compreendam, interpretem e usem palavras escritas com confiança e clareza. Para atingir esse objetivo, é importante determinar os níveis de letramento dos alunos.

Contudo, oferecer um suporte especializado para cada etapa do desenvolvimento do aluno está longe de ser uma tarefa simples. De fato, pode ser um grande desafio a professores.

Ciente disso, produzimos este artigo para você conhecer mais sobre o assunto e incorporar estratégias eficazes ao ensino.

Mas, afinal, o que é letramento?

Diferente do que muitos podem imaginar, o letramento não se resume apenas ao processo de alfabetização. Esse conceito envolve a capacidade interpretativa do aluno, ou seja, a capacidade de usar a leitura e a escrita de um modo organizado e contextualizado.

Em outras palavras, o letramento engloba aspectos como:

• compreensão de textos;
• interpretação de informações;
• produção textual;
• contextualização da linguagem de acordo com a situação social.

Portanto, é de extrema importância que não apenas educadores, mas os familiares dos alunos, estimulem tal desenvolvimento.

Por que identificar os diferentes níveis de letramento é importante?

Basicamente, duas respostas estão disponíveis para esta pergunta. A primeira visa, logicamente, garantir um canal de comunicação harmonioso e eficaz com o aluno, com base no seu nível de alfabetização. Já o segundo ponto é a oportunidade de poder planejar e desenvolver estratégias de ensino mais assertivas, que permitam que o ensino seja realizado no contexto mais adequado para o aluno.

Em linhas gerais, existem quatro níveis de letramento: pré-silábico, silábico, silábico-alfabético e alfabético. Conheça mais sobre cada um deles a seguir.

Nível de letramento pré-silábico

Trata-se da etapa inicial do letramento. Nela, o aluno compreende que a escrita significa algo, contudo não compreende que as letras correspondem a sons específicos. Muito embora possam reconhecer algumas palavras, não estabelecem relação entre escrita e fala.

Portanto, cabe ao educador estimular o reconhecimento visual das letras e palavras, inclusive por meio de desenhos e símbolos que representam ideias e conceitos.

Nível de letramento silábico

A essa altura, a criança já sabe que as letras representam sons, mas ainda não entende que existem 26 letras no alfabeto, cada uma com um formato específico, e que as letras são usadas na escrita para representar esses sons.

Nesse caso, o professor deverá liderar as atividades de correspondência letra-som e a divisão das palavras em sílabas, quando os alunos deverão repetir cada sílaba lentamente e com muito cuidado.

Nível de letramento silábico-alfabético

Aqui, os alunos já compreendem a relação entre letras e sons, entre o que se fala e o que se escreve, contudo a escrita ainda não é a correta, podendo utilizar uma letra para corresponder a uma sílaba.

Uma maneira de professores (e pais) ajudarem nessa etapa é incentivando a escrita de palavras e frases curtas, corrigindo e apoiando o aluno de maneira imediata.

Níveis de letramento: alfabético

No nível alfabético, os alunos compreenenderam a relação entre as letras e os sons que elas representam, sendo capazes de ler e escrever de forma eficiente. Eles conseguem aplicar as regras de correspondência entre grafemas e fonemas, embora ainda possam apresentar dificuldades com algumas convenções ortográficas.

Para apoiar os alunos nesse nível, é importante:

1. Promover atividades de leitura e escrita de textos mais complexos, com ênfase na compreensão e interpretação.
2. Trabalhar com exercícios de ortografia, incluindo regras específicas e exceções.
3. Incentivar a produção de textos mais elaborados, com feedback e orientação sobre estrutura, coesão e coerência.

Cinco dicas para auxiliar alunos em diferentes níveis de letramento

Conheça algumas dicas altamente eficientes para ajudar seus alunos no processo de letramento.

Dica 1: crie um ambiente estimulante e acolhedor 

Ofereça espaços com materiais de leitura e escrita, como livros, revistas e computadores. Afinal, a simples presença desses itens já pode estimular os alunos a se envolvem com a leitura e a escrita.

Além disso, aposte em ambientes bem decorados, com espaços confortáveis para que seus possam desenvolver atividades criativas. Quanto mais à vontade se sentirem, maior é a possibilidade de quererem explorar o mundo das letras.

Dica 2: utilize abordagens multisensoriais

A infância é um período de muitas descobertas, e estimular os sentidos é uma maneira muito eficiente de apresentar o mundo ao redor aos alunos. Desse modo, você pode apostar em:

• letras em relevo para que os alunos possam tocar;
• músicas com rimas que reforcem os sons a serem aprendidos;
• jogos de memória, nos quais os alunos estabeleçam uma correspondência com letras, palavras e frases.

Essas abordagens ajudam a tornar o ensino mais dinâmico, divertido e imersivo.

Dica 3: dê feedback e valorize cada avanço 

Reconhecer e elogiar os pequenos avanços de cada aluno, independentemente do seu nível de letramento, pode aumentar a motivação e a autoconfiança. Além de elogios verbais, criar um sistema de recompensas, como adesivos ou certificados, pode ser uma forma divertida e motivadora de celebrar o progresso.

É importante que o feedback seja específico, destacando exatamente o que o aluno fez de correto, para que ele saiba quais comportamentos e habilidades estão sendo valorizados.

Dica 4: busque “significar” a leitura e a escrita

Relacionar as atividades de letramento a situações reais e relevantes para os alunos pode torná-las mais significativas e engajadoras. Projetos que envolvam a criação de cartas, diários ou blogs sobre temas de interesse dos alunos podem tornar a prática da escrita mais autêntica.

Além disso, organizar visitas a bibliotecas, livrarias ou encontros com autores pode despertar o interesse e a curiosidade dos alunos, mostrando-lhes a importância e a aplicação prática do letramento em suas vidas diárias.

Dica 5: incentive a colaboração e a aprendizagem entre os alunos

Atividades em grupo e a troca de experiências entre alunos em diferentes níveis de letramento podem promover a aprendizagem mútua.

Trabalhos colaborativos, como projetos de leitura em pares ou grupos de discussão, podem permitir que os alunos compartilhem conhecimentos e se apoiem mutuamente. Essa dinâmica não só fortalece as habilidades de leitura e escrita, mas também desenvolve habilidades sociais importantes, como a comunicação, o trabalho em equipe e o respeito pelas ideias dos outros.

E como ir além das dicas deste artigo?

Embora as dicas compiladas neste texto sejam comprovadas e extremamente eficientes, você pode ter vontade de aprender mais sobre esse assunto. E a Radiante te oferece essa oportunidade, por meio de uma série de cursos para professores voltados ao aperfeiçoamento do processo de alfabetização.

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